terça-feira, 12 de setembro de 2017

Novas atualizações no blog

Olá a todos!

Não estamos conseguindo atualizar o blog na mesma velocidade com que postamos vídeos no YouTube ou no Facebook. 
Se quiserem acompanhar nossas atualizações por estes outros canais, segue links:
Se inscrevam em nosso canal no YouTube e curtam nossa página no Facebook. 
Tudo de bom!

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Sugestões de brincadeiras e atividades para fazer em casa

Olá a todos!

Sempre falamos nos vídeos que é muito difícil gravar enquanto brincamos com os meninos, pois geralmente quando eles enxergam o celular que usamos para filmar, param tudo e querem mexer nele, atitude esta muito comum, pois as crianças geralmente amam eletrônicos em geral.
Gravar este vídeo foi muito divertido, pois adoramos brincar com os meninos. Nós nos divertimos de diversas maneiras, mas não foi sempre assim. Lembramos que era muito difícil conseguirmos qualquer tipo de atenção, pois antes tentávamos brincar da forma convencional e nem sempre os meninos respondiam a tais brincadeiras.
Quando os meninos tinham apenas um aninho, brincávamos de "alô" com o telefone de brinquedo, mas depois que os sinais de autismo ficaram mais evidenciados (por volta de um ano e quatro meses) eles não reconheciam mais a brincadeira. A pouco tempo o Gustavo voltou a brincar com a gente desta forma e o Felipe não. Então o que fizemos a respeito? Primeiramente reconhecemos que se tratam de duas crianças diferentes e que não devemos compará-los. Então se o Felipe não se interessa, não forçamos, apenas insistimos brincando perto dele por alguns instantes para ver se ele vai se interessar, mas isso não ocorreu até o momento e não tem nenhum problema, pois devemos respeitar a individualidade de cada um, seja em relação a uma dificuldade de aprendizado ou o simples fato da criança não gostar de brincar de determinada brincadeira.
O recado principal que queremos deixar com este vídeo é: respeite sua criança e brinque com ela adequando as atividades às suas necessidades e de acordo com as habilidades já adquiridas. Em casa acaba sendo muito tranquilo entender estas particularidades, pois em muitos casos atividades que o Felipe ama fazer, o Gustavo nem se importa, assim  como o contrário. Esperamos que os pais e cuidadores aproveitem para brincar com suas crianças, criando momentos de interação, aumento de contato visual, como também possibilidade de aprender algo novo, sem o compromisso da criança ter  que aprender rapidamente, pois não se trata de quando aprendem e sim do simples fato de irão aprender. As metas de aprendizado tem que ser estabelecidas pelos profissionais que irão fazer uma avaliação rigorosa para determiná-las, a nós cabe ajuda-los seguindo orientações dos terapeutas e médicos e em casa, aproveitarmos cada momento, os enxergando como crianças que são e não como pessoas que tem que ser "normais", pois a aceitação tem que começar em nossa residência, para somente depois cobrarmos isto da sociedade.
Esperamos do fundo do coração que cada dia seja especial e que mesmo aqueles dias mais difíceis sejam respeitados, sabendo que novas histórias serão contatas assim como qualquer um, independente de ter uma deficiência ou não, que nossa vida seja repleta de alegrias e de algumas tristezas, pois esta última nos ensina a dar mais valor as pequenas coisas.
Que seu dia seja iluminado. Tudo de bom!
Segue vídeo onde mostramos algumas brincadeiras:




quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Finalmente fizemos nossa página no facebook

Olá a todos!

É incrível como o tempo passa rápido. No dia 30/06/2016 meu marido, Marcelo e eu resolvemos criar um blog e um canal no youtube para dividirmos a experiência de conviver com nossos filhos, ambos diagnosticados com o Transtorno do Espectro do Autismo - TEA e desta forma nasceu NÓS E O AUTISMO, ao longo do tempo percebemos que somente com o blog, não conseguíamos ficar mais próximos dos nossos leitores e por isso criamos uma página no Facebook. Espero que gostem e curtam nossa página. Tudo de bom hoje e sempre!


Nós e o Autismo nas redes sociais

Olá a todos!

Há alguns dias postei um vídeo no youtube perguntando sobre o que os leitores achavam de criarmos uma página no Facebook e Instagram e como muitos gostaram da ideia finalmente a página ficou pronta. Desta forma, podemos ficar mais próximos de nossos leitores e podemos mostrar que apesar das dificuldades e da correria entre uma terapia e outra, dá para viver como qualquer outra família.

Segue link do facebook: Nós e o Autismo

Vídeo postado que fizemos para perguntar aos leitores  sobre o que achavam de criarmos o Facebook e o Instagram




terça-feira, 8 de agosto de 2017

Importância de conhecer as habilidades das crianças antes de criar atividades

Olá a todos!

Quando vemos determinadas atividades, ficamos muito animados querendo reproduzi-las em casa e enquanto estamos montando todo o processo, ficamos imaginando o quanto nossas crianças irão se divertir, porém algumas vezes, quando apresentamos essas atividades aos nossos filhos, o que acontece pode ser muito diferente do que foi sonhado, pois eles por diversos motivos não se interessam pelo que foi proposto.
Pensando nisso, achamos interessante discutir esse assunto aqui, pois afinal, quais são os motivos que levam as crianças a não brincarem com algumas atividades:
- ela pode não estar preparada para o nível da atividade, ou seja, quero que ela encaixe determinado objeto, porém minha criança ainda não desenvolveu a habilidade de pegar com firmeza os objetos, então o que podemos dizer em pegar e encaixar?
- a criança pode não saber classificar e parear os materiais propostos, então como esperar que ela separe por cores ou formas?
- e por último, mas não menos importante, a criança simplesmente não gosta daquela determinada atividade, pode ser por uma questão sensorial, ou seja, ela não consegue tocar naquela textura, ou ouvir determinado barulho, ou simplesmente a atividade não chama sua atenção.
Percebe-se que motivos não faltam quando pensamos no porquê de uma atividade não ter dado certo com a gente como deu naquele determinado vídeo que vimos, outro ponto a ser levado em consideração é o fato de sermos seres únicos e por isso não gostamos das mesmas coisas, assim como não estamos todos no mesmo nível de desenvolvimento.  Aqui em casa isso é muito visível, pois o Felipe e o Gustavo são completamente diferentes em relação à preferencias de brinquedos e atividades, assim como em suas habilidades, isto não é um problema nem para mim e nem para o Marcelo, pois cada um é respeitado de acordo com suas características individuais.
Por fim vale ressaltar que antes de desenvolver qualquer atividade, pare um pouco e observe sua criança, perceba o que ela mais gosta e fazer e quais são as habilidades que ela já desenvolveu, desta forma, somente após aquisição de uma habilidade é que você irá proporcionar algo novo e desafiador, mas sem ser tão desafiador que chegue a desestimular. Afinal com passos pequenos também se chega longe, basta nunca parar no caminho.
Desejamos muitos momentos de felicidade e interação entre vocês e suas crianças. Tenham um dia iluminado!
Nos ajude compartilhando e se inscreva em nosso canal no youtube.


Autora: Ana Paula Miranda

Vlog: um domingo com a gente

Olá a todos!

Hoje o vídeo é mais descontraído, pois resolvemos filmar um pouco de nossa rotina de domingo. Esse foi um dia comum sem muitos compromissos, mas independente disso, foi um dia divertido e com muitos momentos de interação. Adoramos aproveitar cada instante para curtir nossos meninos que tanto amamos. Espero que gostem do vídeo.
Se inscrevam em nosso canal no youtube. Compartilhem e tenham um ótimo dia!


Autora: Ana Paula Miranda

quinta-feira, 27 de julho de 2017

Nossa experiência com a comunicação alternativa PECS

Olá a todos!

Umas das primeiras dúvidas que passou pela nossa cabeça quando recebemos o diagnóstico de autismo, foi sobre a fala, pois os meninos soltaram as primeiras palavrinhas bem cedo, dentro do marco esperado. Eles falavam mamãe, papai, mama, água, vovó, entre outras palavras soltas e por volta de um ano e quatro meses pararam de falar. Isto naturalmente gerou muita ansiedade, pois nossa dúvida inicial era: se pararam de falar, também vão parar de andar? A resposta que tivemos do médico foi que isso não iria acontecer. Isto nos trouxe um certo alívio, mas em relação a fala, a primeira pergunta foi: quando vão começar a falar de novo? A resposta para esta pergunta é o que nos traz a maior ansiedade, pois não há como saber quando cada um vai falar, existem casos de pessoas com autismo que nunca desenvolveram essa habilidade. Então enquanto eles não falam, como podemos fazer para nos comunicarmos?
No nosso caso fomos buscar profissionais que têm qualificação em comunicação alternativa e deste que os meninos começaram a usar este tipo de ferramenta, chamada PECS (Sistema de Comunicação por Troca de Figuras - do Inglês: Picture Exchange Communication System), tudo melhorou, não somente para sabermos o que eles querem nos solicitar, como também sentimos melhora dos dois a respeito no contato ocular e na compreensão de algumas brincadeiras.
Neste vídeo mostramos nossa experiência com esse tipo de comunicação e falamos como cada um foi evoluindo nas fases do PECS. 
Esperamos que seja útil e que gostem. Tenham um dia iluminado!



   Autora: Ana Paula Miranda


segunda-feira, 17 de julho de 2017

Sugestões de atividades que estimulam o aprendizado e a interação

Olá a todos!

Realizar atividades que estimulam o aprendizado e a interação é de grande importância quando pensamos no desenvolvimento de nossas crianças. No vídeo de hoje mostramos algumas sugestões que auxiliam neste aspecto, isto sem contar que não há nada melhor para os pais do que proporcionar momentos descontraídos junto com seus filhos.
As atividades propostas são:
Classificar os triângulos por cores, tirando-os da caixinha azul e depositando-os no copinho da mesma cor, repetindo a ação com os triângulos vermelhos;
Parear os triângulos e os retângulos coloridos;
Colocar os palitos de churrasco sem ponta amarelos na latinha amarela;
Colocar os palitinhos de dente sem ponta no potinho.
Cada atividade tem um propósito diferente, sendo que os que exigem classificação de cores e formas estimulam além da coordenação motora também a cognitiva.
Nunca deixe a criança sozinha brincando, pois como tudo é feito com materiais recicláveis, há risco de acidentes, sem contar que a interação também não irá acontecer se você não acompanhá-la, perdendo a intensão da brincadeira que é aumentar o contato entre pais e filhos.
Estas atividades podem ser realizadas com qualquer criança, até mesmo as típicas irão se divertir e aprender.

Espero que os ajudem e estimulem a brincar cada vez mais.


Autora: Ana Paula Miranda

sábado, 8 de julho de 2017

A importância do brincar

Olá a todos!

Na última consulta dos meninos, o médico deles nos explicou sobre a importância de nós pais brincarmos com nossos filhos, pois é através da brincadeira que a criança aumenta o seu contato visual, brinca de faz de conta, adquirindo a pré-linguagem, requisito essencial para aprender a falar. Os pais  têm um papel essencial nesse processo, visto que por conta do autismo as crianças não conseguem brincar de forma lúdica como as crianças típicas fazem, desta forma nós é que devemos ensiná-los.
Ensinar uma  criança que faz parte do transtorno do espectro do autismo não é fácil e necessita de muita dedicação, por isso é de extrema importância ter muita paciência nesse processo, pois algo que pode parecer simples para você, pode não ser tão simples para seu filho (a). Outro ponto importante que sempre salientamos aqui no blog é sobre acreditar no potencial de sua criança. Às vezes parece que os pais estão numa disputa de qual filho é o mais esperto. Perceba sempre a necessidade da criança e procure entender suas preferências, assim será mais fácil ela aprender algo, porém mesmo com todo esse cuidado, seu (a) filho (a) pode demorar a aprender, mas aqui em casa isso não importa, afinal como já citamos: não estamos numa disputa. Estamos sim tentando educar dois menininhos e acima de tudo buscamos que sejam felizes.
Temos certeza que não se arrependerá se começar a brincar cada vez mais com sua criança. Cada olhar mais interessado vai fazer valer a pena todo o tempo de dedicação.
Esperamos que gostem do vídeo e que ele os inspirem a brincar cada vez mais com seus filhos, sejam eles típicos ou com autismo. Tudo de bom!


Autora: Ana Paula Miranda

quinta-feira, 1 de junho de 2017

Atividade Sensorial: brinquedos na gelatina

Olá a todos!

No vídeo de hoje mostramos uma atividade para ajudar na sensibilidade tátil dos meninos. É muito comum essas alterações sensoriais em pessoas que têm autismo, essa sensibilidade pode ser percebida quando a criança fica manipulando a saliva, não quer ficar descalça, não quer cortar as unhas, pentear os cabelos, entre outros. Não necessariamente a criança precisa apresentar todas essas características para percebermos essa sensibilidade, mas percebemos alguns incômodos que ela pode demostrar ao longo do dia e algumas atitudes que demonstram que essa área sensorial precisa ser trabalhada. Então nada melhor que fazermos atividades que eles vão se divertir ao mesmo tempo que serão estimulados. Essa atividade com gelatina é muito boa, porque a criança tem a possibilidade de tocar numa textura diferente, assim como a temperatura. O importante é deixar a criança explorar sem forçar, pois dependendo do grau da sensibilidade ela pode ao invés de se divertir, sofrer com a brincadeira. Os meninos estranharam um pouco, mas aceitaram explorar a gelatina e os brinquedos cada um de sua maneira, foi bem divertido e com certeza iremos repetir a atividade mais vezes.
Espero que gostem e que aproveitem essa ideia para interagir mais e mais com sua criança, pois além da estimulação tátil, também, temos a possibilidade de brincarmos juntos e isso é sempre muito gratificante e divertido para todos.


Autora: Ana Paula Miranda

domingo, 2 de abril de 2017

Dia da Conscientização do Autismo

Olá a todos!

Hoje comemora-se o Dia Mundial de Conscientização do Autismo. Há nove meses recebemos a notícia de que nossos tão amados filhos tinham o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), mal sabíamos o que isso significava e tivemos esse tempo, o mesmo tempo em que um bebê espera para nascer para descobrirmos. Podemos dizer que também tivemos a oportunidade de renascemos, pois hoje temos novas crenças, novos valores, temos um novo jeito de pensar e de valorizar tudo e todos à nossa volta. É como se a Ana Paula e o Marcelo antes do diagnóstico tivessem evoluído de tal forma, que podemos dizer que nascemos de novo. Nascemos em vontade de fazer a diferença na vida de nossos filhos, nascemos na certeza de que a cada dia eles irão se superar, sem provar nada a ninguém, sem precisar ser os melhores, por que afinal, o que é ser o melhor? Quando olhamos para nossos filhos não os enxergamos em cima de uma pista de corrida, onde só terá um vencedor. Quando olhamos para eles vemos que o melhor que podemos ser nesta vida é sermos pessoas que buscam fazer o bem e reconhecer os valores nos gestos e nos sentimentos mais simples. É isto que ensinamos à eles diariamente. 
A cada dia mais e mais famílias estão aprendendo a conviver com o Autismo em suas vidas e no autismo tudo é tão complexo que não dá para ficarmos indiferentes nesta situação. O tratamento do TEA exige participação e dedicação constante de todos que convivem com pessoas que têm esse diagnóstico, por isso somos NÓS E O AUTISMO, pois nossos filhos precisam que estejamos inteiramente entregues a esta causa. 
Por um mundo mais tolerante e pelo bem de tantos que vivem com esse transtorno, esperamos poder conscientizar não somente em Abril, mas para a vida toda.
Tudo de bom pessoal. Desejamos que tenham um dia iluminado!


Autoria texto: Ana Paula Miranda

domingo, 12 de março de 2017

Como ensinamos aos nossos filhos a habilidade de apontar

Olá a todos!

Já se passaram vários meses desde que o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) faz parte de nossas vidas. Através deste espaço tivemos a oportunidade de dividir várias experiências e conquistas de nossos meninos, porém percebemos que apesar dos vários avanços que eles apresentaram, tinham um potencial para irem além e foi seguindo nossos instintos que decidimos, depois de realizar muitas leituras, após irmos em cursos e durante as conversas que tivemos com vários terapeutas, estabelecer um meta específica para eles atingirem. A meta selecionada foi a habilidade apontar. Para isso  não oferecíamos nada, desde brinquedos até comidas, sem solicitar para eles apontarem. Claro que de início não entendiam nosso objetivo, mas ao passar do primeiro mês logo começaram a ter reações diferentes, o Gustavo começou a apontar para tudo, já o Felipe que teve mais facilidade no começo, em seguida parou de apontar na maioria das vezes e em algumas situações passou a usar as palavras "qué" e "dá", quando ele não aponta e não usa nenhuma palavra, nós o auxiliamos a apontar assim como fazíamos no início. O motivo pelo qual resolvemos compartilhar isso, foi nossa alegria com a evolução deles, porém reconhecemos a importância da escola e das terapeutas que os atendem, pois esses profissionais são essenciais para que recebam tratamento adequado. Esperamos poder ajudar outras famílias que estejam passando por situações semelhantes. 


Autoria texto: Ana Paula Miranda

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Nossa entrevista com Mario D'oro

Olá a todos!

Hoje o post é um pouco diferente, viemos avisar sobre a entrevista que o Mario D'oro fez com a gente. Nesta entrevista contamos um pouco mais sobre nossa história após o diagnóstico dos meninos.
Falamos também sobre o porquê de termos postado vídeos com pouca frequência.
Espero que gostem. Tenham um dia iluminado!



Autoria texto: Ana Paula Miranda

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

A seletividade alimentar e o Autismo

Olá a todos!

Pensar que meus filhos podem vir a comer apenas alguns tipos de alimentos sempre me preocupou bastante, tendo em vista uma alimentação saudável e equilibrada, pois quando descobrimos o Autismo, também descobrimos que muitas pessoas que fazem parte do espectro apresentarmos uma certa seletividade alimentar, tendo casos em que comem apenas um ou dois tipos de alimentos. 
Há pouco tempo, o Felipe começou a não aceitar alimentos que sempre comeu sem nenhum problema. Ele apenas queria comer arroz, pão e bolacha maisena (no vídeo esqueço de falar que ele também aceitava a mamadeira), ficamos muito preocupados e nesta tarefa recebemos apoio da professora que colocava caldinho de feijão para que ele não comesse apenas arroz. Aqui em casa, no começo eu tentava insistir incansavelmente para que ele voltasse a comer, mas o que consegui com essa atitute foi vê-lo cada vez mais desanimado com a comida. Então nós mudamos a tática e resolvemos em todas as refeições, independente se ele aceitasse ou não, colocar os outros alimentos no canto do seu prato e às vezes oferecíamos, assim aos poucos ele foi voltando a aceitar (minha mãe nos ajudou muito nesta tarefa, pois com muita calma, sempre ofereceu de tudo para ele e quando não aceitava, lidava muito bem com a situação, oferecendo novamente no outro dia, sem forçar). Aos poucos o Felipe foi voltando a comer os alimentos que não mais aceitava, neste momento apenas as frutas ele não voltou a comer, mas somos persistentes e vamos continuar a apresentar os alimentos a ele sem estresse.
Um ponto importante a ser citado é sobre o futuro, pois o que esperar agora que ele voltou a comer? O que esperar do Gustavo, que até o momento nunca apresentou a seletividade?
A resposta para estas duas perguntas é: não tem como saber. Do mesmo jeito que a seletividade veio e  agora ele já voltou a comer a maioria dos alimentos que se negava, trata-se de um ser humano, que vai muito além do autismo. Estes dois meninos lindos que tanto amamos não são somente crianças com TEA, são seres humanos complexos que ao longo da vida podem apresentar ou não a seletividade e não vai adiantar nada eu ficar me preocupando com o futuro, mas será muito produtivo minha família e eu observarmos o presente e ajudá-los sempre que precisarem de imediato. Às vezes a resolução será mais rápida e às vezes não. O que importa é não desistir e sempre acreditar no potencial da criança. 
Para finalizar gostaria de deixar um recado, apesar de eu não ter autismo, não gosto de comer alguns alimentos, então porque meus filhos deverão comer de tudo? Claro que nós os incentivamos a comerem de tudo, mas acredito que fazer esta exigência acaba sendo até sem sentido, pois independente do diagnóstico muitas pessoas não gostam de comer vários alimentos. Então respeite sempre a criança que você tem. 
Espero que gostem do vídeo.


Autoria texto: Ana Paula Miranda